domingo, 22 de julho de 2012

IGREJAS CRESCEM EM TEMPOS DE CRISE? DEPENDE EM QUÊ...

O intuito desse texto é levar o leitor a avaliar, através de dados coletados, apresentados e comparados entre si, se as igrejas crescem quando há crises financeiras.

Na França, de acordo com o noticioso Universo Cristão, datado de 15 de fevereiro de 2012, segundo o Conselho Nacional dos Evangélicos da França – CNEF, o número de pessoas buscando participar de uma igreja tem crescido grandemente. A cada 10 dias um novo local de culto é aberto, algo que, nos últimos séculos, é extremamente incomum na Europa. Isso tem sido motivado pela crise econômica naquela região.



O cenário hoje na França é de pessoas perdendo seus empregos, investidores com os nervos à flor da pele e várias famílias passando por medos e incertezas quanto ao futuro. Entendem os franceses que o que os está levando para junto dos templos é ter um motivo de fé, de esperança, pois é a única alternativa que resta para eles...



“A primeira razão é simplesmente a necessidade de esperança”, opina Sébastien Fath, sociólogo das religiões especializado no protestantismo e autor de Do gueto à rede – O protestantismo evangélico na França e do recém lançado Nova França Protestante – Desenvolvimento e crescimento no século XXI.”

No Brasil, na crise financeira do ano 2003, de acordo com o Diário Comércio Indústria & Serviços – DCI, na edição datada de 12 de novembro de 2003, enquanto a indústria moveleira acumulava perdas, o setor específico que atende igrejas, passou por um crescimento incomum para o segmento e época. Em especial, citamos duas indústrias: Móveis Cardeal e Izaac Móveis. Estas tiveram um crescimento de até 10% (dez por cento) no volume de vendas no período, comparados ao ano 2002. Algo totalmente contrário ao mercado em geral. Outro grupo também ligado à móveis foi a Runapel. Especializado em cadeiras, otimizou sua produção para atender o nicho religioso, produzindo cadeiras estofadas para igrejas. Essa mudança para a Runapel resultou num crescimento nas vendas em até 2% (dois por cento), aparentemente nulo, mas para o momento da crise, foi um avanço enorme.



Vejamos abaixo o gráfico comparativo entre o PIB Nacional, as receitas e batismos da Igreja "x" do Sul do Brasil.
 

Até comparar esses dados, já havia ouvido pastores afirmarem que as igrejas cresciam nos tempos de crise. Eu mesmo havia feito essas afirmativas, mas estamos corretos em partes.

Veja acima: A linha azul é o PIB Nacional. A linha verde são os batismos e a vermelha são as receitas.

Olhemos agora o ano 2009. A crise chegou (o PIB caiu para -0,3%); as receitas caíram em relação ao ano anterior (11,6%) e os batismos cresceram (9,8%).

Avalie agora 2010. O inverso acontece! O PIB cresceu em 7,5%. Os batismos caíram em -5,9% e as receitas cresceram em 16,11%.

2011 tem um impacto interessante: O PIB caiu novamente para 2,7%, os batismos tornam a crescer em 7%, só que nesse caso as receitas também cresceram em 21,3%. Possivelmente essa igreja "x" deva ter feito algum empenho ou motivação específica na fidelidade.

É compreensível que, para esta igreja, a crise é uma oportunidade de crescimento em batismos, comparando-a com o mercado em geral. Já as receitas são influenciadas sim pela economia, mas mesmo assim não sofre uma queda catastrófica.

Crises econômicas realmente atraem as pessoas para a igreja, e por não terem recursos como se estivessem num período estável da economia, as receitas da igreja também caem.




CRISE E OPORTUNIDADE


Crise e oportunidade – em chinês essas duas palavras são uma só. Cada qual encara a mesma com o foco negativo ou positivo, dependendo de sua perspectiva e fé quanto ao futuro. Num momento desfavorável, teremos sempre a chance de escolher: ou renascemos da crise ou nos afundamos nela.

Atrás de cada crise está oculto um momento de oportunidade. São nesses momentos de crise, dificuldade financeira ou mesmo falta de perspectiva, que devemos ficar atentos; podemos estar no melhor momento de aproveitar a "Oportunidade".



“Enquanto alguns choram, outros vendem lenços!” - (adágio popular).


Às vezes, as oportunidades ficam ocultas pela nossa inércia, pela desesperança, pelo medo e incredulidade.



Falando em finanças, é claro que como cristãos não baseamos nossa análise unicamente na Bíblia e na fé “cega”, em que Deus agirá de uma forma incrivelmente miraculosa e resolverá todo e qualquer problema ou crise financeira na Igreja. Se Ele (Deus) quiser, ele faz e pode, mas não foi o foco dessa pesquisa.


Uma das tendências comuns é que a renda per capta dos “contribuintes” da igreja se reduzam fortemente. Explicação disso é o desemprego, que é irmão gêmeo da crise: aonde ela vai, ele está junto.


Uma alternativa para a Igreja, num momento destes é diversificar o seu espaço físico, o que levou as igrejas em 2003 às compras de novos móveis e cadeiras. Foi necessário um maior número de pessoas, com renda menor per capta, para propiciar um crescimento financeiro da igreja, sem que a mesma sofresse com a queda da renda nacional. Também deve-se aumentar o número de locais de cultos.



A Crise nos desafia para a criatividade e visão. Alguns sábios dizem que crise e oportunidade são faces de uma mesma moeda.



“A arena de sobrevivência em uma economia em mutação, não perdoa os fracos de cabeça, os preguiçosos, os que vivem de fofoca e muito menos os que “deitaram na cama”, no tempo das vacas gordas e agora reclamam de um mundo que já não lhes garante fartura fácil”. – Carlos Borges.


Podemos diversificar os meios da Igreja "x" chegar até os membros e simpatizantes. A TV aberta tem sido um caminho mais percorrido agora do que no passado. A utilização da Internet e redes sociais também são ferramentas que estão sendo utilizadas com maior ênfase. Departamentos da Igreja, voltados para a Comunicação Social estão em grande atualização e criação de possibilidades, com a finalidade de ter acesso às mentes secularizadas e ganhar a atenção destes.


Na crise, corte o “s” e crie!


Material publicado no dia 24/07/2012 em USB - Clique Aqui!


http://twitter.com/buenoelton


sexta-feira, 20 de julho de 2012

OS VENDEDORES DE SAPATOS



Certa vez uma indústria de calçados desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e em seguida enviou dois de seus vendedores a pontos diferentes deste país para fazer as primeiras observações do potencial daquele mercado.





Depois de alguns dias de pesquisas, um dos profissionais enviou o seguinte e-mail para a direção da indústria: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa calçado ainda”.





Sem saber deste e-mail, alguns dias depois, o segundo vendedor enviou o seu: "Senhores, tripliquem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa calçado ainda".



Moral da história: a mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos vendedores e uma fantástica oportunidade para outro.



A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase: “As pessoas tristes acham que o vento geme, as alegres, que ele canta”.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

A CRISE ECONÔMICA E O SEU BOLSO

Dicas para manter o equilíbrio financeiro e não cair nas dívidas.

Os noticiários indicam que a economia na Europa está em situação difícil. A Zona do Euro passa por variações e principalmente a Grécia apresenta-se em situação de "quebra". Há problemas na Itália, Espanha, Portugal, França e entre os demais países "primos" europeus.

Tempos atrás, um governante brasileiro afirmou que as 'tsunamis' (crises) internacionais chegariam ao Brasil como meras "marolinhas". Não é bem assim. Desde 2009 o Brasil não avança economicamente como os governantes esperam.

Ontem, 16 de julho, já foi anunciado que a expectativa de crescimento do PIB nacional para esse ano não será superior a 2%.

Aparentemente, os brasileiros de modo geral, não tem sentido a crise chegar na sua casa e espero que não chegue mesmo! Isso é fora do Brasil, dizem alguns. Mas não é verdade que estejamos invulneráveis aos seus efeitos.

Num mundo globalizado, estamos ligados economicamente, tal qual uma teia de aranha, uma rede, onde qualquer distúrbio externo tem a tendência de afetar-nos também. Desde 2008 o governo estruturou sua estratégia da seguinte forma: fazer com que a nação consuma mais para "acelerar o crescimento", alavancar o setor produtivo do País. Como fazer isso? Aumentando salários? Não. Isso aumentaria os custos fixos de produção e o setor produtivo (indústrias, comércio e serviços) sentiriam o impacto, resultando em aumento de preços dos produtos e possíveis desempregos. Essa ação poderia também promover a inflação. O que fizeram então? Facilitaram a tomada de crédito pelos brasileiros!

Em sua maioria, nosso povo tem a falsa sensação de possuir mais dinheiro. Quem não tinha automóvel agora tem! Também tem TV LCD, celular de última geração, viaja mais, planeja férias mais custosas, etc. Tudo isso parcelado!

Acho extraordinário como a Bíblia traz conselhos importantes para que as pessoas usem de forma inteligente e produtiva os recursos financeiros. Em Isaías 55:2 há uma dessas importantes lições: "Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão, e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?". Noutras palavras: "Porque gastar tempo, esforço e dinheiro em coisas de pouco ou nenhum valor, ao passo que descuidam as coisas mais importantes da vida".

O brasileiro não tem mais dinheiro. Esse argumento é uma falácia. Tem mais dívidas e mais prestações para pagar. Cientes dessa realidade, alguns até costumam fazer um trocadilho com o nome do programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida", que financia a casa própria de milhões de pessoas, chamando-o de "Minha Casa, Minha Dívida".

O senso de necessidade de comprar coisas sem precisar dessas é o papel do marketing, fazendo-nos consumir mais. O problema é que alguns já se endividaram com parcelas mensais muito maiores do que recebem de salário e agora partem para empréstimos para saldar dívidas. Estudos comprovam que 62% das famílias brasileiras estão endividadas. Ainda não estão inadimplentes, ou seja, estão pagando as contas em dia, mas já comprometeram toda a sua renda e podem deixar de pagar muito em breve.

Gosto de refletir sobre o que a escritora norte-americana Ellen G. White diz no livro O Lar Adventista, p. 368: "Se nos compenetramos de que Deus é o doador de todo o bem, que o dinheiro Lhe pertence, então exerceremos sabedoria no despendê-lo, na conformidade com Sua Santa vontade. O mundo, seus costumes, suas modas, não serão nossa norma. Não teremos o desejo de conformar-nos com suas práticas; não permitiremos que nossa própria inclinação nos controle".

Conforme noticiado por vários meios de comunicação nesta semana, o volume dos depósitos em poupança bancária aumentaram. Isso significa que uma fração da sociedade brasileira já interpretou a economia mundial e local, decidindo realizar reservas. A expectativa negativa sobre o mercado financeiro leva as pessoas a fazer economia doméstica. Guardando dinheiro e gastando menos.

Você provavelmente já ouviu aquele ditado de que "de grão em grão a galinha enche o papo". Pois um dos segredos de quem tem é justamente não desprezar ou aplicar mal aqueles centavinhos, as pequenas quantias. No livro Administração Eficaz (p. 257), Ellen G. White sintetiza essa lição de economia doméstica de forma extraordinária: "Cuidai dos centavos e os dólares cuidarão de si mesmos. É uma moedinha aqui, uma moedinha ali, gasta para isso, aquilo, e aquele outro, que logo somam dólares".

Acumular recursos é uma das regras para passar por crises sem sofrer muito. Regras evitam riscos.

Siga esses passos:

1) Havendo dívidas, pague-as o mais breve possível;
2)Pare de consumir bens desnecessários;
3) Poupe;
4) Compre à vista e exija descontos;
5) Converse com a família sobre esse tema (70% das compras domésticas são realizadas pelas mulheres). Decidam juntos.
6) Quem deve e paga atrasado assume muitos juros. Fuja disso.


Para pensar...

a) A Economia vive de ciclos e vive de crises. De quem? Para quem? Alguém está ganhando dinheiro com as crises. Aproveite a crise para criar ou inovar com essa oportunidade.

b) Pobreza no mundo é falta de gestão política e não é falta de dinheiro. Pobreza em nossa casa pode ser falta de gestão financeira e não falta de dinheiro.


Material publicado no dia 17/07/2012 em USB - Clique Aqui!

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domingo, 15 de julho de 2012

CHEFE JUSTO SOBE MENOS. É ISSO MESMO?!

Segundo a Havard Business Review, de outubro de 2011, estudos foram feitos para saber por que há o paradigma que “Chefe justo sobe menos”.
Leia e apure suas próprias conclusões!
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