Se
você somente faz o que te ordenam, nada além do que é sua obrigação, você pode
ser um medíocre. É palavra forte, mas é a realidade. Profissionalmente falando,
medíocre é aquele que não é ruim suficiente para ser dispensado nem bom (ou
acima da média) para ser valorizado ou promovido. Medíocre é a característica
do que é mediano, comum, normal, inexpressivo, modesto, trivial e simples. Não
é nada ruim, mas também nada impressionante.
As
palavras de Jesus, registradas no evangelho de Lucas no capítulo 17 e no verso
10, nos diz: “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado,
dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer”.
Infelizmente,
tenho que afirmar que, em muitos lugares, estamos rodeados de medíocres.
Profissionais que cumprem seus deveres, que tem graduação completa, que
entregam o que se espera deles, mas que não vão além disso. Quando é proposto
que façam uma atualização profissional, de conhecimentos, de capacitação,
reciclar suas ideias e processos, formas ou aplicação de seu trabalho, entendem
que isso não é mais para eles, mas para os mais jovens, os mais saudáveis, os
que querem aparecer ou agradar a administração, ou para os que não têm outras
responsabilidades importantes como estes julgam ter.
Na
década passada falava-se que o profissional “do futuro” deveria contemplar uma
série de qualidades para que o mercado de trabalho se utilizasse de seus
serviços. Tomando por base a profissão de professor, era entendido que os
atributos básicos desse profissional eram:
1) Planejar aulas de modo organizado,
criativo, com conhecimentos técnico-pedagógicos.
2) Apresentar aulas observando a pontualidade,
com capacidade de comunicação escrita e verbal, com habilidade em relacionar-se
com os alunos e solucionar conflitos. Com o dever de conhecer a realidade do
aluno tendo uma aguçada capacidade de percepção e observação. Confiante,
simpático e bem-humorado.
3) Facilitar, esclarecer dúvidas dos alunos,
com acolhimento, capacidade de ouvir e manter a clareza nas explicações.
4) Ensinar com ferramentas de tecnologia e
conhecimentos de informática.
5) Elaborar e avaliar projetos pedagógicos de
raciocínio lógico, crítico e analítico; desenvolver a “inteligência emocional”,
tendo habilidade no relacionamento interpessoal, com alto senso de equipe, um
visionário generalista, ético, com conhecimentos básicos em administração
escolar focado no cliente (pais e aluno).
6) Conhecer e utilizar vários métodos
avaliativos, buscando o senso de justiça.
7) Participar de eventos educativos,
aprimorando a liderança, cooperação, iniciativa e envolvimento.
Estamos
no ano 2012 e com base no que tratamos acima, o que se espera é que o professor
“do presente” seja portador desses atributos como algo básico dentro do mínimo
esperado para o desenvolvimento de sua profissão. Se ele desenvolve essa gama
de habilitações e nada mais que isso, já é tido como um medíocre. Certo ou
errado? Pense.
Pretendo
afirmar que necessária é a constante atualização de conteúdos, métodos e
aperfeiçoamento profissional. Não é suficiente ter graduação. É necessária a
especialização. Participar de simpósios, workshops, oficinas do aprendizado e
ler, ler muito.
Que carga, hein! É isso mesmo. Na prática, o
professor nunca deixa de ser aluno! O professor tem de ser o que deseja que
seus alunos se tornem. Saia do básico, da rotina, seja um diferencial, o
espetacular, o indispensável!
Referências:
PAULO,
Adriana Lúcia de. Seleção de professores: como encontrar e escolher os melhores
profissionais. 1. ed. São Paulo: Alabama Editora, 2004.
Publicado no dia 31/08/2012 em Educação Adventista - Clique aqui.
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