sábado, 21 de maio de 2011

POUPAR: UM DEVER OU UMA ESCOLHA?

Jesus operou um milagre e alimentou a cinco mil pessoas, ensinando então uma lição de economia. Esse relato encontra-se na Bíblia, no Evangelho de João: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." João 6:12.

Se Jesus não se importasse com o desperdício estaria Ele orientando quanto à coleta das sobras? Creio que não.

Salomão, em sua sabedoria e inspirado por Deus, deixou-nos uma orientação bem clara nos dizendo que poupemos – Provérbios 21:20 – “Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode”.
Esse “devorar” é gastar tudo sem sobrar nada. O sábio é prudente e armazena, poupa parte do que tem.

Além de poupar para nosso próprio sustento devemos ir além, poupando para nossos filhos, para que tenham herança positiva, para que no futuro tenham um capital inicial para o momento em que irão se capacitar num curso de ensino superior ou até mesmo constituir família. O Apóstolo Paulo orienta que guardemos recursos para nossos filhos. 2 Coríntios 12:14 – “Agora, estou pronto para visita-los pela terceira vez e não lhes serei um peso, porque o que desejo não são os seus bens, mas vocês mesmos. Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos.
Vimos que nosso assunto está ganhando uma abrangência além de nós mesmos. Primeiro entendemos que é necessário poupar para nossas próprias necessidades, depois somos orientados a poupar para nossos filhos, e será que ainda temos que poupar para mais alguém? E se eu te disser que tens responsabilidade de poupar para os seus netos? Ah! Agora é demais!!! Então não te espantes porque é isso mesmo o que consta no livro de Provérbios 13:22 – “O homem bom deixa herança para os filhos dos seus filhos...”
É meu amigo, nossa responsabilidade em poupar é bastante abrangente. Certa vez li um material sobre economia o qual dizia que uma herança é terminada em três gerações, ou seja, os pais (1. geração) trabalham e formam um patrimônio, os filhos (2. geração) curtem e aproveitam os recursos mantendo o patrimônio e os netos (3. Geração)  gastam sem critério levando a geração atual à falência, até que os bisnetos trabalhem e formem novamente um outro patrimônio e assim o ciclo repete-se vez após vez.
Não vejo como ser algo sábio contentar-se com esse ciclo imprudente. Ao alcançarem certo grau de êxito financeiro, alguns devem aprender lições de poupança e economia e manter os recursos para não incorrer em problemas financeiros.



Caso tenhais hábitos extravagantes, afastai-os imediatamente de vossa vida. A não ser que o façais, estareis falidos para a eternidade. Hábitos de economia, operosidade e sobriedade, são melhor quinhão para os vossos filhos que um rico dote”. Conselhos Sobre Mordomia, Pág. 37. De acordo com esse escrito a economia deve ser desenvolvida como um hábito. Hábitos são desenvolvidos pela repetição e pela perseverança. Poupe um pouco cada mês e verás quanto pode ser feito com o aparente pouco.
Digamos que você poupe R$ 100,00 por mês. Num ano serão 1.200,00, numa década serão R$ 12.000,00. Isso sem considerar os juros! Dá pra fazer um bom negócio com R$ 12.000,00? Claro que sim. O problema mais comum é que consideramos normalmente o valor de R$ 12.000,00 como muito alto e não guardamos os R$ 100,00 mensais que nos ajudariam a chegar ao montante desejado. Pense nisso quando tiveres R$ 100,00 em mãos.
Cuidai dos centavos e os dólares cuidarão de si mesmos. É uma moedinha aqui, uma moedinha ali, gasta para isso, aquilo, e aquele outro, que logo somam dólares”. Administração Eficaz, pág. 257.
Está provado pelos meios teológicos, contábeis e matemáticos que poupar é possível. Basta organização, planejamento, corte de alguns supérfluos e decidir pela economia. E então, poupar é um dever ou uma escolha?

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